domingo, 6 de fevereiro de 2011

BALÕES DE AR QUENTE (6)




A Justiça Tarda, Mas Não Falha

        O caminho atulhado provocado pela vigência do Art.42 da Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 que criminalizou o balão – balão junino aos poucos vai sendo desobstruído.

       


         Sua vítima, as Festas Juninas, que encantavam as famílias brasileiras, com a ausência compulsiva dos balões, perderam sua magia o que abriu a porteira para a invasão de elementos estranhos, de desarranjo, trazendo efeitos indesejados e desfigurando o rico folclore do seu ritual.

        Aí se manifesta o vírus da discórdia na convivência social.

        O elemento estranho, o invasor, o causador da cizânia foi maquiado pelos detratores do balão – balão junino – e predadores da cultura e inserido na legislação sob o falso dito da proteção ambiental.        Nada mais sugestivo para atrair a simpatia das pessoas e tentar incompatibilizar os artífices da arte do balão com a sociedade.

        Dar aos balões a pecha de queimar florestas e destruir substancial componente da natureza seria o alvo final dos articuladores dessa agressão a arte, ao folclore e à cultura dos brasileiros.

        Mas, “nem tudo que reluz é ouro”.
       
        Assim, como o ar que se respira ou como a água que irriga a terra e sacia a sede ou como a terra que produz nossos alimentos o fogo que queima casualmente não pode ser extinto porque é elemento natural e necessário à vida. Então o embuste foi, pouco a pouco, perdendo seu disfarce.   

        Para o povo os acontecimentos do dia a dia produzidos pelo homem e os fatos gerados pelos fenômenos da natureza vão desmistificando essa trama diabólica e finalmente permanece a constatação de que o balão – balão junino – é um produto da arte, pertence ao folclore das Festas Juninas e é um componente do acerco cultural dos brasileiros e, portanto deve ser respeitado e preservado de acordo com os preceitos da Constituição de 1988.



Flagrante do Festival de balões de ar quente - São Gonçalo/RJ - 9jan2011


        Logo, fica provado na evolução que a Justiça tarda, mas não falha.


         Viva o balão junino!

         Vivam as Festas Juninas!


       Humberto Pinto Cel


       
       

2 comentários:

  1. Caro cel Humberto.
    nem todos os amigos baloeiros são entendedores da lingua portuguesa,porem gostaria que as palavras citadas em seus comentarios fossem mais simples para que todos nós entendessemos
    obrigado
    Pedro

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  2. Parabéns pelo texto, Cel Humberto.
    Você foi muito feliz ao citar o "balão junino", aquele feito com poucas folhas. Estes sim... Agora, eu sou terminantemente contra estes monstrengos gigantes, disfarçados de "balão"... que carregam botijões de gás, que levam quilos e quilos de cangalhas e fogos, pra fazer barulho e colocar em risco as casas ou os aeroportos... estes sim, deveriam ser extintos... meu Deus, tenho medo só em pensar nos estragos que estes "monstros voadores", podem causar...!! Agora, um chinesinho, um caixinha de 8 ou 16 folhas, um mexerica, um almofada ou um peão... um estrela, um careca de padre... como era lindo na minha infância, quando chegava o mês de junho e eu olhava fixamente para o céu em busca dos tão aguardados "balões juninos"... Que saudades, bons tempos!! Grande abraço Cel Humberto.

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